Com a atual situação de crise que passamos no Brasil, é comum que surjam várias dúvidas sobre o que realmente está acontecendo.
Mas então, o que está acontecendo?
Duas das principais editoras do país, Livraria Cultura e Saraiva, estão passando por uma profunda crise, onde várias lojas físicas estão sendo fechadas e as dívidas decorrentes disso parecem não ter fim, no final do mês de novembro o grupo Saraiva, após falhar em acordo com fornecedores para renegociação de suas dívidas, entrou com um pedido de Recuperação Judicial, já tendo sendo aprovado, sendo que a Livraria Cultura pediu pelo mesmo processo em outubro. Segundo estudos da situação, tudo isso é um reflexo tanto de uma má gestão quanto do cenário do mercado.
Por que isso aconteceu?
As vendas de livros aumentaram em 2018 quando comparadas a 2017, ou seja, existe uma demanda cada vez maior por livros por parte dos brasileiros. Por que houve a crise? De forma simplista, a culpa vem da ganância. O atual mercado de livros não tinha condições de sustentar o porte de varejo da Saraiva e da Livraria Cultura.
Alguns dos consumidores estão cada vez mais preferindo comprar através de pequenas livrarias, com uma relação mais íntima entre livreiro e cliente, o que também afetou o crescimento dessas redes. O que de certa forma, é positivo, pois o pequeno comerciante de livros se viu quase impossibilitado de manter seu negócio em razão dos descontos dados pelas próprias editoras no momento de vender livros para a Saraiva e a Livraria Cultura.
Além disso, entra na conta uma preferência cada vez maior por livros no formato digital, com preço mais acessível. Além da Amazon, grande loja online que promove promoções atraentes, geralmente o site é a primeira opção de quem quer comprar livros por um menor preço.
O que vai acontecer?
A resposta é incerta, há quem acredite que as editoras se recuperem e ainda mais pessoas que pensam o contrário.
Mesmo que as livrarias estejam em crise, os livros não estão. O Brasil possui 23 milhões de leitores, grande parte deles ativos. Investir no grande ou no pequeno comerciante é escolha do leitor, porém, ainda não há resposta concreta para o que podemos fazer como leitor nessa delicada situação,