Você deve lembrar, lá das aulas de português da escola, da figura de linguagem chamada “assonância”, que consiste na repetição de sons vocálicos.
Essa figura de linguagem é muito encontrada em poemas, uma vez que promove a regularidade vocálica ao longo de um ou mais versos, além de poder construir rimas. As rimas causadas pela combinação de sons vocálicos semelhantes é chamada de rima toante.
Confira alguns exemplos de assonância nos trechos a seguir:
(1)
“E bamboleando em ronda
dançam bandos tontos e bambos
de pirilampos.”
(Guilherme de Almeida)
(2)
“Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?”
(Mário Quintana)
(3)
“Há uma rosa caída
Morta
Há uma rosa caída
Bela
Há uma rosa caída
Rosa”
(Maria Ângela Alvim)
Repare como, em (1) e (3), a regularidade sonora vai muito além da letra. A assonância é uma figura de linguagem relacionada a som. Em (1), o som que se repete é o do “a” nasalizado, foneticamente representado por /ã/, enquanto em (3) o som repetido é o do “o” aberto, ou /ɔ/.
Já Mário Quintana cria uma rima toante ao combinar “ti” com “esqueci”, que só compartilham a última vogal tônica “i”.
E você? Já pensou em utilizar a assonância para tornar seus textos ainda mais marcantes e chamar a atenção de seus leitores? Não?! Então mão à obra.
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