Prontos para mais uma imersão nas figuras de linguagem? O tema de hoje é a ironia, talvez uma das figuras mais utilizadas no dia a dia.
Você provavelmente já é familiarizado com o conceito, mas ironia como figura de linguagem se trata da inserção de um humor sutil a partir de uma frase que foge da interpretação literal do contexto, dando um sentido divergente do habitual.
Quando bem feita, a ironia não se revela logo a princípio sua intenção, há todo um processo entre o raciocínio do leitor entre o sentido habitual e o sentido que o texto pretende realmente passar. A ironia não está no texto, mas sim no leitor que a compreende.
Vale lembrar que ironia não é só uma representação do contrário do que se diz no texto, há várias formas de se representar a figura de linguagem, como por exemplo, a ironia situacional encontrada em clímax de várias narrativas, quando acontece algo diferente do que se espera.
Há também a famosa ironia dramática, quando o narrador permite que o leitor esteja mais consciente da situação do que os personagens da obra. Um famoso exemplo de ironia dramática acontece em Édipo Rei, quando os espectadores já têm conhecimento sobre a verdadeira identidade de Édipo muito antes do protagonista.