Nessa Quinta Gramatical vamos falar sobre o eufemismo.
Essa figura de linguagem consiste na troca de palavras e/ou expressões por outras consideradas mais agradáveis, com o objetivo de suavizar temas e evitar a rudeza.
O eufemismo pode ser utilizado para dar um traço cômico à mensagem ou amenizá-la para evitar situações dramáticas que poderiam levar ao mal-estar de alguém.
Essa substituição também pode ser usada para referenciar-se a divindades sagradas, cujos nomes, segundo os adeptos de uma religião em questão, não devem ser pronunciados em vão ou nunca.
Segue exemplos:
“…Era uma estrela divina / Que ao firmamento voou.”
– Álvares Azevedo, Anjinho
“Alma […], que te partiste / Tão cedo desta vida … / Repousa lá no Céu … / E viva eu cá na Terra sempre triste.” (Versos que falam sobre a morte de alguém de forma afetuosa)
– Camões
” Verdades que esqueceram de acontecer.” (=Mentiras)
– Mário Quintana
“Para o porto de Lúcifer.” (Porto de Lúcifer = inferno)
– Gil Vicente
Vale ressaltar que expressões carregadas de ironias não são eufêmicas!
Essa Quinta fica por aqui, até a próxima.