Franz Kafka
Franz Kafka é o primeiro homenageado deste mês! O escritor tcheco nasceu no dia 03 de julho de 1883, na cidade de Praga – na época, ainda pertencente ao Império Austro-Húngaro. Dentro de sua família, a cultura judia e alemã sempre estiveram presentes, mas a maior influência (negativa, na maioria das vezes) foi a de seu pai, que sempre intimidou o autor. Dessa forma, a figura paterna aparece em sua obra como opressora e até mesmo violenta, especialmente na sua célebre obra “Carta ao Pai”, escrita em 1919. Kafka viveu várias desilusões amorosas e um trabalho que não lhe dava tanto prazer quanto a literatura, o que refletia diretamente na angústia que demonstra em sua obra. “O Processo”, considerado por muitos a sua obra prima, foi publicado em 1925; mas antes disso ele publicara “A Metamorfose”, em 1916. Seu estilo literário, bem evidente nessas duas obras, é marcado pela crueza da realidade, por situações oníricas e inimagináveis fora do seu universo. Uma curiosidade é que a maioria de seus escritos foi publicada postumamente por Max Brod. Esse conheceu Kafka na Universidade de Praga, enquanto o autor estudava Direito. Embora Kafka tenha pedido para que seus escritos fossem queimados quando ele falecesse, Brod deliberadamente ignorou esse pedido, dizendo que jamais faria isso – e que Kafka sabia disso. Franz Kafka faleceu em Klosterneuburg, Áustria, no dia 3 de junho de 1924.
Sinopse: A Metamorfose
Quando Gregor Samsa, certa manhã, acordou de sonhos intranquilos, tudo mudou. Não só em sua vida, mas no mundo.
Ao se encontrar metamorfoseado em um inseto monstruoso, Gregor acompanha as reações de sua família ao perceberem o estranho ser em que ele se tornou. E, enquanto luta para se manter vivo e entender a sua nova realidade, reflete sobre o comportamento de seus pais, de sua irmã e de seu chefe, e de forma ainda mais angustiante, pensa na própria vida até então.
Essa pequena novela, lançada em 1915, revolucionou a literatura e as artes. De forma agressiva, acessível e inovadora, tornou-se um dos mais importantes e difundidos textos da história.
Além de tradução inédita feita por Petê Rissatti, essa nova edição traz 93 ilustrações exclusivas, por meio das quais o artista e escritor Lourenço Mutarelli interpreta o processo de transformação de Gregor. Inclui-se, por fim, um ensaio de Flavio Ricardo Vassoler, doutor em literatura comparada, sobre a contemporaneidade de Franz Kafka.
Mia Couto
Antônio Emílio Leite Couto, ou apenas Mia Couto, é o próximo homenageado do mês! O escritor moçambicano nasceu no dia 5 de junho de 1955 (64 velinhas!), com sangue de poeta correndo em suas veias – seu pai, Fernando Couto, era um emigrante português, poeta e intelectual de sua cidade, Beira. Sua carreira literária começa muito cedo, aos 14 anos, quando Mia publicou os seus primeiros poemas no jornal da cidade. Em 1974, logo depois de se mudar para Maputo, ele começou a trabalhar como jornalista na Tribuna e no Jornal de Notícias, mas chegou ao cargo de diretor da Agência de Informação de Moçambique em 1976, com a independência do país. Publicou o seu primeiro livro de poesias “Raízes do Orvalho” em 1983, entretanto, isso não fez com que ele se fixasse na carreira. Dois anos depois ele iniciou o curso de Biologia na Universidade de Eduardo Mondlane, com especialização em Ecologia. 1992 foi um ano muito importante para esse escritor multifacetado: ele atuou ativamente na preservação da ilha de Inhaca e publicou o seu primeiro romance, “Terra Sonâmbula”, escrito em prosa poética – com ele, ganhou o Prêmio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos. Aqui no Brasil, esse livro é inclusive conteúdo para os maiores vestibulares do país, como a Comvest e a Fuvest (para ingresso na Unicamp e na USP, respectivamente). Atualmente, ele é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no exterior, com direito, inclusive, ao Prêmio Camões, em 2013. Além disso, ele é o único escritor africano sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras. Parabéns, Mia!
Sinopse: Terra Sonâmbula
No Moçambique pós-independência, mergulhado na devastadora guerra civil que se estendeu por dez anos, o velho Tuahir e o menino Muidinga empreendem uma viagem recheada de fantasias míticas. Terra sonâmbula – considerado pelo júri especial da Feira do Livro de Zimbabwe um dos doze melhores livros africanos do século XX – é um romance em abismo, escrito numa prosa poética que remete a Guimarães Rosa. Mia Couto se vale também de recursos do realismo mágico e da arte narrativa tradicional africana para compor esta bela fábula, que nos ensina que sonhar, mesmo nas condições mais adversas, é um elemento indispensável para se continuar vivendo. “Sem dúvida um dos escritores mais importantes da língua portuguesa.” – João Ubaldo Ribeiro
Pablo Neruda
Pablo Neruda também faria aniversário esse mês. Seu nome verdadeiro é Ricardo Eliécer Neftali Reyes, ele nasceu no dia 12 de julho de 1904, na cidade de Parral, Chile. Sua contribuição para a literatura latino americana é inegável, mas seu caminho até os seus grandes sucessos começou bem cedo. Ainda na época escolar, ele publicou os seus primeiros poemas no periódico A Manhã e não parou mais. Adotou o nome de Pablo Neruda na adolescência, escrevendo para a revista literária “Selva Austral”. Aos 20 anos publicou uma de suas obras primas, “Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada”, obra erótica repleta de lirismo, que o consagrou como um dos mais famosos poetas chilenos. Além de escritor, Neruda foi diplomata e se envolveu diretamente com a política chilena durante a sua vida. Começou a carreira diplomática como cônsul-geral do Chile em Yangon, passou por mais alguns países até chegar à Espanha. Lá, ele viveu momentos que lhe inspiraram para a obra “Espanha no Coração”, retratando a Guerra Civil Espanhola. Sua atitude política também muda nesse momento, indo de encontro aos ideais políticos do comunismo. Assim, em 1945 ele foi eleito senador pelo Partido Comunista, mas logo o partido é colocado na ilegalidade e o autor se exila na Europa. Em 1971, ele recebeu uma das maiores honras de sua carreira: o Prêmio Nobel de Literatura. Três anos depois, ocorreu o golpe militar no Chile – 12 dias depois, Neruda faleceu (23 de setembro de 1973).
Sinopse: Últimos Poemas
Intimamente o poeta conversa com o mar e suas diferentes formas. O sino ainda quer tocar. O peso dos anos e a doença aproximam-no da melancolia. A morte transparece e está presente. Mas Neruda reafirma a fé na palavra, sua ferramenta, memória, esperança. Este livro, o último escrito pelo poeta, foi concluído em seu leito de morte, em setembro de 1973.
Cassandra Clare
Parece que julho veio cheio de escritores com pseudônimos! A próxima aniversariante é Judith Rumelt, conhecida por nós como Cassandra Clare! Uma das autoras de ficção juvenil mais queridas da atualidade nasceu no dia 27 de julho de 1973, na Teerã, Irã. Entretanto, a sua infância não criou raiz em um único lugar – viveu na França, Inglaterra, Suíça, até mesmo na mochila do seu pai, enquanto faziam uma expedição no Himalaia. Durante a adolescência, ela escreveu um romance épico inspirado na “Bela Cassandra” da autora inglesa Jane Austen e foi de lá que tirou inspiração para o seu atual pseudônimo. Formou-se em Inglês e trabalhou como jornalista em revistas e tablóides até entrar efetivamente no mundo editorial. Cidade dos Ossos, seu primeiro livro a se tornar um best-seller pelo New York Times, foi publicado em 2007, como um arco da série Instrumentos Mortais. Suas obras fantásticas incluem diversos elementos mitológicos, como magia e vampiros, em um universo que ela ainda expande. Cidade dos Ossos foi adaptado ao cinema em 2013 e às telas do celular em 2016, pela Netflix. Ela normalmente escreve em cafeterias e restaurantes, observando o cenário que a rodeia. Foi assim que surgiu a inspiração de sua série, observando a cidade de Manhattan, a sua preferida. Enfim, parabéns Cassandra!
Sinopse: Cidade dos Ossos
O primeiro volume da série best-seller Os Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare Depois ser apresentada ao Mundo de Sombras e a Jace ― um Caçador que tem a aparência de um anjo, mas a língua tão afiada quanto Lúcifer ―, Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar ― e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai? Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.
J. K. Rowling
A última (mas não por isso menos importante) aniversariante do mês é J.K. Rowling! Joanne Rowling nasceu no dia 31 de julho de 1965, na Inglaterra. A infância dela foi marcada, basicamente, pelos livros. Ela se definia (e ainda se define) como a devoradora de livros da casa e desde pequena ela soube que queria ser escritora – escrevendo seu primeiro livro aos sete anos, contando uma história sobre um coelho; e o nome dela era “Coelho”. A escritora foi para a Universidade de Exeter, onde entrou em contato com os Estudos Clássicos (incluindo o latim e o francês), o que auxiliou muito durante a criação dos feitiços de Harry Potter. Falando nele, a ideia surgiu na década de 90, enquanto ela esperava um trem de Manchester para a London King’s Cross. A partir daí ela começou a mapear os sete livros da saga. Ela se casou com o português Jorge Arantes em 1992, teve uma filha no ano seguinte; o seu casamento não deu certo e acabou no final de 1993. Assim, Joanne retorna para o Reino Unido, com uma filha e o começo de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Ele é lançado em 1997, com a autoria de J.K. Rowling. O “K” é de Kathleen, nome da sua avó, e, infelizmente, ele foi adicionado porque o editor pensou que ele disfarçaria o nome feminino e chamaria mais atenção de garotos. Joanne Rowling e suas obras ganharam o mundo, depois disso – o cinema, a internet e o coração de muitos leitores. Parabéns, Joanne!
Sinopse: Animais Fantásticos e Onde Habitam
Quando o magizoólogo Newt Scamander chega em Nova York, sua intenção é fazer apenas uma breve parada. No entanto, quando sua maleta mágica é trocada e parte de seus animais fantásticos escapa, isso representa um problema para todos…
Inspirado no livro didático de Hogwarts escrito por Newt Scamander, ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM: O ROTEIRO ORIGINAL marca a estreia de J.K. Rowling, autora dos queridos best-sellers internacionais HARRY POTTER, como roteirista. Uma façanha da imaginação, apresentando um elenco repleto de personagens marcantes e criaturas mágicas, essa é uma narrativa épica e repleta de ação em sua melhor forma. Para fãs ou iniciantes no mundo de Harry Potter, essa é uma adição perfeita à estante de qualquer leitor ou amante do Cinema.
O filme ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM estreou nos cinemas em novembro de 2016.
*Todas as sinopses foram retiradas da Amazon