Em 9 de dezembro do ano passado, estreou mais uma versão de Little Women (traduzido como Mulherzinhas ou Adoráveis Mulheres no Brasil), dirigido por Greta Gerwig. O longa é baseado no livro homônimo escrito por Louisa May Alcott, publicado em 1868.
Mulherzinhas conta a história do amadurecimento das irmãs March – Jo, Meg, Beth e Amy. No século XIX, durante a Guerra de Secessão, com o pai longe, na guerra, as garotas devem entender e lidar com suas personalidades e sonhos, deixando a infância para trás.
Uma história já contada diversas vezes nas telas de cinema, a versão de 2019 tem, inegavelmente, seu tom particular. Apesar de a obra original ter, sem dúvidas, um caráter de advogar pela liberdade das mulheres, havia uma certa ambiguidade reflexo da época. O filme do ano passado, contudo, é inegavelmente feminista, sem as ambiguidades de Alcott. Uma das mudanças interessante é a escola que Jo abre. No livro, é uma escola só para garotos, enquanto que no filme, a primeira vontade de Jo é ensinar somente meninas e, depois decide aceitar ambos.
O filme tem um ritmo agradável e intrigante, em mais uma alteração em relação ao livro, contar a história em um vai e volta entre passado e presente. Somos convidados a conhecer e fazer parte do cotidiano da família March, com as personalidades únicas e vibrantes das garotas como o ponto forte da narrativa. É fácil se apaixonar pela independência de Jo, pela doçura de Meg, pela tranquilidade de Beth e pela espontaneidade de Amy. As garotas são todas seres singulares, com uma dinâmica entre elas que parece, de fato, com a de uma família. Essa é, talvez, a maior qualidade do filme: contar uma história sobre mulheres que tem qualidades, defeitos, de fato são gente. Há algo ali que inspira intimidade entre quem assiste e as personagens, e é difícil terminar o longa sem ter cultivado algum carinho pelas figuras que passaram pela tela.
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