Representações dos vampiros na indústria cultural

O que eles são ? Assim como no último estudo de caso em que analisamos as várias representações que as sereias têm indústria cultural,...

,O que eles são ?

Assim como no último estudo de caso em que analisamos as várias representações que as sereias têm indústria cultural, continuaremos hoje com a série “desvendo os seres mitológicos”, dessa vez focando nossos olhares nos vampiros.

Essas criaturas se mostram presentes no imaginário de inúmeras culturas, sempre levando algumas características distintas, mas mantendo sua essência, seres de aparência humana (ou ao menos humanoide), que possuem certo tipo de imortalidade e têm uma sede insaciável por sangue.

De onde eles surgiram ?

O período de origem dos vampiros varia dependendo da cultura que tomamos como norteadora, mas podemos dizer que a Europa oriental (países como Albânia, Hungria, Grécia e Romênia) foi quem realmente popularizou essa lenda, tendo várias tradições para matar e se proteger dessas criaturas que os cidadãos acreditavam serem mesmo reais.

Também podemos dizer que o grande marco para o que passaria a ser conhecido oficialmente como o modelo de vampiro que conhecemos foi o lançamento do livro “Drácula” em 1897, o qual foi escrito por Bram Stoker. Também podemos atribuir essa “culpa” ao filme “Nosferatu”, que foi uma adaptação indireta da obra de Stoker e apresentou o icônico personagem nas telonas pela primeira vez.

  • Como eles são representados:

O estudo de caso de hoje pretende comparar as características que foram apresentadas acerca desse seres mitológicos, utilizando, para isso, menções em livros, filmes, séries, lendas e animações de que os vampiros fizeram parte.

Como eles se parecem?

A aparência dessas criaturas não é homogênea, tendo algumas representações mais romantizadas e esforçadas para fazer com que eles pareçam mais atrativos, mostrando sua contrapartida com outras que tentam trazer formas mais humanoides misturadas com traços animais, principalmente de morcegos.

Geralmente o modo como eles se apresentam está ligado diretamente à imagem que se tenta passar desses seres na obra em questão. Muitos exemplos trazem vampiros como absolutamente lindos e sedutores, sendo até mesmo um facilitador na hora de atrair vítimas. Porém, quando pensamos no outro extremo, temos a representação de verdadeiros monstros, que não têm o objetivo de serem desejados, mas sim temidos.

Quais são seus poderes?

Em várias histórias desses seres é possível encontrar poderes especiais em cada um deles. O “pacote básico” geralmente é ter uma força sobre humana, imortalidade e muita agilidade. Apesar desse padrão, muitas produções trazem novas habilidades, desde personagens como o Drácula de Hotel Transilvânia que consegue hipnotizar as pessoas e comandá-las,

até poderes mais mirabolantes, como os que são encontrados na saga Crepúsculo, onde temos leitura de mente, previsão do futuro, ilusões poderosas, controle dos elementos da natureza, dentre tantos outros.

Basicamente, essas criaturas podem ter qualquer tipo de poder, não há regras que determinam um limite. Se analisarmos cuidadosamente, mesmo sua famosa fraqueza ao sol e a alho são mais unanimidade, ou seja, isso vai depender exclusivamente da criatividade do autor.

Quais são seus objetivos ?

Os objetivos dos personagens dessa espécie são muito variados, geralmente estabelecendo claramente a dicotomia entre vampiros malvados e vampiros bons. Além disso, temos aqueles que passam pelos dois lados, tendo um bom exemplo de trajetória que foi mudada de rumo com a história de Selene de Anjos da Noite. A personagem passa de uma perseguidora fatal dos lycans (lobisomens desse universo) a par romântico de um deles, descobrindo várias tramas do passado, tendo então um conhecimento o qual mudou completamente sua mente e suas ambições.

Também podemos perceber que muitas vezes ser vampiro não está ligado diretamente aos propósitos principais dos personagens, é só mais uma peça do quebra cabeça que os compõem. Um retrato desse tipo de personagem é o garoto Baz, de Carry On, pois ele carrega com si um incentivo que o atrai ao seu lado vampiresco, que é a busca por quem realmente foi responsável pela morte de sua mãe, mas esse não é seu foco primordial na história.

Conclusão

Uma lenda que foi criada há tanto tempo consegue trazer sempre ao público uma nova faceta dos vampiros que eles nunca tinham pensado ou conhecido. Essa é a magia e o desafio que vamos encarar em todos as criaturas dessa série de estudos de caso.

Fazer com que uma característica nova funcione demanda criatividade e jogo de cintura do autor, para fazer com que o consumidor acredite que aquilo é possível e interessante para ser adicionado a um ser que ele já viu de tantas formas. Tendo em mente, sempre que quiser criar uma nova história que envolva os vampiros, pense: Como eles devem se parecer para contribuir com a imagem que quero passar? Que novas habilidades poderiam surpreender o público e se somar ao enredo da minha história? Qual objetivo devo dar ao meu personagem para que ele siga a linha que quero? Ele deve ser bom, mau ou os dois?

Assim que você for capaz de responder essas perguntas estará apto a soltar suas ideias e compartilhar todas elas com o mundo, nos trazendo uma nova face dos vampiros, a sua !

Gostou da análise?

A Odisseia oferece serviços de tutoria em escrita criativa, em que acompanhamos e direcionamos autores durante a escrita da obra, auxiliando nas dúvidas de escrita e ajudando as ideias a saírem da cabeça e partirem para o papel. Venha dar uma olhada e já passe para checar nossas outras redes sociais!

Confira os nossos serviços: ,https://www.odisseiaconsultoria.com/tutoria-escrita-criativa

Odisseia
Odisseia
Artigos: 291

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *