A questão de milhões
Como podemos ver no tuíte do usuário @diiiegoazevedo, que viralizou no twitter após o lançamento da série Heartstopper, é importante discutir qual o impacto que uma boa representação traz para a vida de uma criança ou um adolescente da comunidade. Como uma história feliz faz esse público reagir? Vamos descobrir mais neste estudo de caso!
De onde isso vem?
Muitos filmes LGBTQIA+ são ótimos dramas, cheios de emoções e com finais devastadores, o que não faz – de forma alguma – com que eles sejam ruins. Porém, o fato de eles representarem 90% das produções do gênero torna isso realmente um problema, principalmente para o público mais jovem.
Muitos filmes água com açúcar e comédias românticas foram lançadas ao longo dos anos, trazendo histórias engraçadas e apaixonantes sobre vários tipos de casais, mas poucos desses clichês têm como foco um casal de pessoas não hétero ou cisgênero.
Qual sensação isso causa?
Ter um grande número de histórias LGBTQIA+ adultas e tristes no mundo cinematográfico gera um sentimento de angústia em crianças e adolescentes da comunidade. Eles, para além de não se verem representados (consequentemente achando que devem se assumir mais tarde), não sentem que merecem uma história feliz, cheia dos mais melosos atos de amor como as pessoas hetero e cisnormativas dispõem.
É óbvio que não podemos apagar o contexto histórico e de produção desses filmes, que, além de muitas vezes serem baseados em fatos reais, também são obras de resistência, feitas para chocar e causar reações de luta nas pessoas, coisa que uma obra “fofa” não faria com tanta facilidade. Apesar disso, essa relatividade não apaga a possibilidade dos filmes e séries dentro desse universo de terem outros tons, sendo equilíbrio a palavra chave aqui.
Como isso vem mudando?
Para a nossa felicidade, obras mais leves e que tratam desses assuntos de forma a dialogar com públicos mais novos estão surgindo e ganhando grande visibilidade. Heartstopper é um ótimo exemplo de um clássico romance adolescente de escola, com todas as inseguranças e desejos que vêm com essa fase, trazendo uma história de tirar suspiros de alegria (e ódio de ser solteiro kkkkk).
O foco deve sempre ser o mesmo?
Apesar de o romance ser importante, a trama não necessariamente deve girar em torno dele para que a obra seja uma boa escolha para o público mais novo. Em A Casa Da Coruja, por exemplo, temos uma história recheada de aventuras perigosas e muito engraçadas que adoramos ver nas animações, mas também temos a representação do lindo casal de Luz e Amity. O importante é permitir que essa faixa etária se veja nas personagens e dar-lhes a possibilidade de viver algo como elas têm!
Crianças e adolescentes do vale também querem ser inseridos em histórias que não giram em torno somente das dificuldades que vêm junto com ser e se aceitar como parte dessa comunidade. Mais do que isso, talvez, também querem se ver como um ser mágico, um super-herói, um astronauta, um semideus, uma sereia, ou seja lá o que for que outras histórias de outros gêneros permitam que elas sejam.
Conclusão
A mídia tem um grande poder de influência nas pessoas, e se ver em boas representações desde o mais cedo possível é um ótimo caminho para mudanças positivas de como os jovens LGBTQIA+ se enxergam e enxergam o mundo à sua volta. Por isso, vamos usar esse poder a nosso favor!
O caminho não é eliminar os filmes desse nicho com histórias tristes e fortes, mas sim pensar em diferentes públicos, diferentes narrativas, para assim abrir o leque e aproveitar as diversas possibilidades!
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