Nessa Quinta Gramatical vamos conhecer a última figura de linguagem: a metonímia.
Essa figura caracteriza-se pela substituição de um termo por outro com o qual tem uma relação de proximidade, o que permite a troca. É comumente utilizada para dar ênfase em uma mensagem e como recurso estilístico.
Veja exemplos comuns:
1- Autor pela obra: “Eu li Machado de Assis”
O correto seria dizer que eu li um livro cujo autor é Machado de Assis, porém essa informação fica subentendida ao decidir dar enfoque ao escritor famoso.
2- Inventor pelo invento: “Comprei um Ford”
O mesmo acontece aqui; ao escolher expor a marca do veículo (que leva o nome de seu fundador), o falante deixa implícito que o objeto comprado foi um carro.
3- Parte pelo todo: “Meu avô tem cem cabeças de gado”
Ao dizer “cabeças” o falante quer se referir ao animal inteiro.
4- Concreto pelo abstrato: “Ela tem uma boa cabeça”
A palavra cabeça nesse contexto pode significar tanto inteligência quanto maturidade, entretanto, em ambos os casos, “cabeça” é a imagem concreta de ser inteligente ou maduro(a).
5- Marca pelo produto: “Fui no supermercado para comprar Bombril”
No Brasil é costume substituir o nome de um produto pelo nome de sua marca mais consumida, como é o caso de Bombril – uma marca de palha de aço – e Cotonete – de hastes flexíveis com ponta de algodão.
6- Gênero pela espécie: “Os mortais são muito infelizes”
“Mortais” substitui “homens”.
Existem diversos tipos de metonímia, portanto o importante é prestar atenção na relação da palavra escolhida com a subentendida.
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Essa Quinta fica por aqui, até a próxima!