Nesta Quinta Gramatical vamos ver a figura de linguagem prosopopeia, também conhecida como personificação.
Personificação consiste em atribuir a objetos inanimados ou abstratos e a animais irracionais características humanas, desde sentimentos e emoções a gestos humanos, como a fala.
Essa é uma figura muito utilizada na literatura, principalmente em obras fantásticas e fábulas, como uma forma de aumentar a dramaticidade da história, mesmo que comprometendo a verossimilhança com a realidade.
Veja alguns exemplos:
“La fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão.” (Olegário Mariano)
“A Bomba atômica é triste / Coisa mais triste não há/ Quando cai, cai sem vontade.” (Vinícius de Moraes)
“O cipreste inclina-se em fina reverência /e as margaridas estremecem, sobressaltadas.” (Cecília Meireles)
“A água não para de chorar.” (Manuel Bandeira)
“As casas espiam os homens / Que correm atrás das mulheres.” (Carlos Drummond de Andrade)
A Quinta de hoje vai ficar por aqui, até a próxima!