Durante nove anos, Jena e suas quatro irmãs visitavam em segredo o Outro Mundo através de um portal que descobriram quando eram crianças. Lá, uma vez por mês, visitavam uma floresta encantada, onde dançavam a noite inteira na companhia dos seres fantásticos que ali habitavam. Contudo, com a chegada de um inverno cruel e com a piora da doença do pai das garotas, a tranquilidade de suas vidas entra em risco.
Enquanto no mundo “normal” Jena tem que lidar com a saúde do pai e um primo que quer herdar os negócios da família em seu lugar, no Outro Mundo, as coisas começam a se complicar quando uma de suas irmãs se envolve com uma das criaturas do lugar… Com a ajuda de seu sapo de estimação, Gogu, Jena deve lutar por sua independência e pela segurança de quem ama.
A Dança da Floresta foi publicada em 2006 e ganhou diversos prêmios literários, como Melhor livro para Jovens-Adultos pela Young Adult Library Services Association, em 2007 e o Aurealis Award de Melhor Novela de Fantasia, em 2006.
A obra de Juliet Marillier entrelaça contos de fadas diferentes e cria algo extraordinário, sendo o plot principal inspirado no conto As Doze Princesas Bailarinas, dos Irmãos Grimm. A narrativa de A Dança da Floresta é um ótimo exemplo do que falamos em nosso post sobre originalidade: uma combinação de ideias, tanto originais quanto já existentes, que criaram algo único.
A narrativa, contada em volume único, é tecida de uma maneira tão habilidosa quanto sutil, tornando impossível não se apaixonar por Jena e suas irmãs, por Gogu e pela floresta encantada. Há um cuidado evidente da autora com a história, como fica aparente, por exemplo, na escolha de Marillier de chamar os seres que são a descrição perfeita de “vampiros” de Seres da Noite. O motivo? A história de A Dança da Floresta se passa no século XVI, e o termo “vampiro” só começaria a circular no século XIX, após a publicação de Drácula, de Bram Stoker.
Nos últimos anos, era mais fácil encontrar o livro em um sebo do que sendo vendido em sites ou em livrarias. Contudo, no começo desse ano, a Editora Wish lançou uma edição belíssima da obra, com diagramação e ilustrações tão mágicas quanto a história em si. Vale a pena conferir!
Taul Ielelor sempre fora proibido. Mas as crianças adoram lugares proibidos, especialmente quando eles ficam no meio de uma floresta misteriosa, onde várias brincadeiras fantásticas podem ser organizadas, brincadeiras que duram de manhã até a noite e que renascem no dia seguinte. Nas noites de Lua Cheia, o lago se transformava numa fronteira onde todas as fragrâncias eram mais fortes e todas as visões eram mais nítidas, um lugar onde cada som era mavioso. Cruzar o Elo Brilhante fazia com que nossos sentidos se despertassem de uma forma que seria impossível no mundo humano.
Juliet Marillier, A Dança da Floresta
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