Você gosta de releituras de clássicos?

A pergunta que não quer calar Você já se pegou falando ‘de novo???’ quando é lançado um novo trailer de outro filme com o plot de...

A pergunta que não quer calar

Você já se pegou falando ‘de novo???’ quando é lançado um novo trailer de outro filme com o plot de Cinderela ou Romeu e Julieta?

É claro que todos nós adoramos os clássicos, mas como eles devem inovar as coisas para nos manter interessados?

É justamente em cima dessa pergunta que refletiremos no estudo de caso de hoje, passando por alguns passos que podem dar um novo brilho a esses enredos.

Desenvolva aspectos não explorados de personagens

Algumas obras, apesar de manterem os mesmos personagens e as circunstâncias de tempo/espaço parecidas com as do trabalho original, trazem novos elementos por meio da personalidade das pessoas. Isso acontece muitas vezes, principalmente em releituras de contos de fadas, e as razões para isso variam desde o fato de os protagonistas terem pouco desenvolvimento pessoal nas histórias ao fato de nós mal conhecermos seus gostos, ambições e preocupações. Por isso, explorar esse lado é uma boa maneira de despertar a atenção do público.

Dois bons exemplos de filmes que fizeram isso são Para Sempre Cinderela e Aladdin (2019). No primeiro caso apresentado, conhecemos a garota Danielle a fundo, descobrindo sua expansiva criatividade, seu senso de justiça, seu gosto por leitura (vindo de seu falecido pai), sua determinação ao enfrentar todas as pessoas em seu caminho e até mesmo sua habilidade com a esgrima, todos estes sendo traços de personalidade que não vemos na Cinderela clássica. Já no segundo longa, vemos a nova ambição da princesa Jasmine: a vontade de assumir o lugar de seu pai e governar o povo, fato que não vimos na animação de 1992.

Mude o contexto da história

Dar uma nova cara à história é uma ótima maneira de incrementar as coisas. Para isso, podemos alterar os personagens, a época em que se passa a obra, alguns de seus principais ocorridos, etc. Por vezes, é possível até mesmo trabalhar somente com o plot primordial e adaptar todo o resto. Bad Buddy é uma série tailandesa que trabalhou bem essa dinâmica, apresentando o clássico “Romeu e Julieta” de uma maneira muito perspicaz. Essa história, além de inovar com os personagens, trazendo dois garotos como o casal principal, também trabalha o ódio entre as famílias dos dois com conflitos bem atuais. Algo que não mudou muito foi o desenrolar do romance, que é cheio de reviravoltas e muito carinho, mas o final tomou outro rumo nessa versão, sobre o qual (é claro) não darei nenhum spoiler. Porém, posso afirmar que é feliz, ao contrário do clássico de Shakespeare .

Um olhar de modernidade pode sempre ajudar a guinar as coisas, pois os clássicos – como os nome já indica – são de um outro contexto histórico. Um ótimo exemplo de um filme bobinho (bem água com açúcar mesmo) que faz isso é A Nova Cinderela. Nessa versão, Sam perde seu celular (muito tecnológico para 2004) ao invés de um sapatinho, e Austin, no lugar de ser um príncipe, é o quarterback do time da escola. Tendo isso em vista, vemos que o elementos não são apagados, mas sim ressignificados para se encaixarem em seu novo cenário.

Migre de gênero ou público alvo

— Hamlet é muito sombrio e complicado, mas as crianças deveriam conhecer essa obra de Shakespeare. O que faremos?

— Poderíamos fazer em forma de animação e colocar uns leões que cantam no lugar de seres humanos.

— Genial. Ô, produção! Libera um aumento aí para o Juninho por essa ideia.

O diálogo acima provavelmente foi o que aconteceu na produção do famoso longa animado da Disney Rei Leão, onde os elementos principais da história original foram apropriados e tornados mais adequados e “felizes” para o público infantil.

O mesmo acontece na via oposta, tendo como um exemplo o filme A Garota da Capa Vermelha, o qual faz uma releitura mais sombria e misteriosa do conto da Chapeuzinho Vermelho. Nesse tipo de caso, o importante é saber não dar um passo maior que a perna. Se a mudança é muito grande, todos os elementos devem ser retrabalhados cuidadosamente, para que nada pareça muito fora de contexto ou sem sentido para aquele novo cenário.

Conclusão

Aqui, falamos de boas estratégias que podem ser utilizadas para gerar uma nova versão de um clássico da melhor maneira possível, mas sabemos que também há muitas maneiras erradas que podem ser usadas e criar filmes, séries e livros desastrosos. Também é importante lembrar que, se esses esquemas não forem bem executados, podem ser terríveis para o resultado final que chegará nas mãos do público.

Uma releitura sempre deve inovar de alguma forma, mas estaremos com nosso olhar crítico atento a partir de agora para decidir se elas irão se tornar um novo clássico ou se serão uma clássica catástrofe!

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